domingo, 23 de novembro de 2008

"Cogito ergo sum"



Isso não se aplica a algumas pessoas... Muitas pensam e não existem e, outras tantas, não pensam e existem. Talvez, no tempo de dscartes fosse diferente. Hoje o que se vê são pessoas que apenas passam por aquilo que chamam de vida... Respiram, comem, fazem sexo, dormem, trabalham... Mas, não param para pensar no porquê de estar fazendo isso, aonde isso irá nos levar. Meu maior defeito é justamente relacionado a isso: penso demais. Minha cabeça ferve. E isso, ao mesmo tempo que é uma coisa boa, provoca inúmeros problemas e chateações.Há momentos que tudo que eu queria era não pensar. Não precisar pensar. Não ter essa necessidade, quase vital, de entender e pensar. Sobre tudo. Analisar e tirar conclusões, muitas vezes erradas, de coisas que nem são importantes, mas que, pela necessidade de compreensão, acabam se tornando algo maior e muito mais complicado.Fazer isso já me fez muito mal. Continua fazendo. Quando deito a cabeça no travesseiro, tudo aparece novamente. É como se eu revivesse a mesma situação, todos os dias. Incansavelmente. E dói. Muito. A ferida não fecha.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Para Monica


Ouvimos sempre e constantemente repetimos a palavra AMIGO, mas acredito que poucos já pararam para pensar no verdadeiro significado e no que ela realmente representa em nossas vidas.
A palavra amiga pra mim se resume em uma pessoa; Pessoa essa que apareceu na minha vida, quando eu ainda tinha 12 anos. Eu havia acabado de me mudar para uma cidade nova, diferente e não conhecia ninguém, então, ela apareceu. Tímida se aproximou, me cumprimentou e sutilmente ofereceu sua amizade. Não sei bem em que momento nem como aconteceu, mas fui aos poucos me aproximando e encontrando mil motivos para estar sempre com ela. Nos anos seguintes, estivemos juntas em todos os momentos das nossas vidas. Passávamos horas uma na companhia da outra, dias grudadas, muitas e muitas vezes noites em claro. Assistíamos filmes, íamos aos mesmos lugares, comíamos a mesma comida, ríamos do nada (como fazemos até hoje), viajávamos sem sair do lugar, viajávamos saindo do lugar, dormíamos na mesma cama e às vezes quando tudo isso já tinha sido feito, ficávamos ali paradas em silêncio e isso já era bom demais. Dividíamos sonhos, aventuras e segredos. Ninguém entedia nossa amizade, mas pouco nos importávamos com o que pensavam.
Chegou à vida adulta, e lá estávamos juntas também. Mas... ai veio a época da faculdade e a nossa amizade intensa teve uma pausa. Enfiei-me nos estudos, não a encontrava com freqüência, não falava mais todos os dias com minha amiga, conheci outras pessoas, vivi em um mundo que não era o meu... Fui egoísta.
Não estive presente quando o casamento dela se aproximou, não pude estar ao lado dela quando o nervosismo apertava, não fui a uma prova do seu vestido de noiva, não ajudei na decoração da igreja, não fui amiga quando ela precisou.
Ao contrário de mim, ela sempre esteve ali não deixou de me querer lá ao lado dela no altar. Quando precisava, sabia que podia contar com ela, sabia que poderia encontra - lá, conversar com ela. Nos momentos mais difíceis e também nos alegres ela sempre esteve presente, às vezes quietinha, mas só de saber que ela estava ali já ficava feliz.
Finalmente os estudos terminaram cinco anos e meio depois ela estava lá, para me receber... acolhedora como sempre.
Agora maduras, percebo que ela não é só minha amiga, ela é parte do meu coração. Se o mundo desabar e ela estiver por perto, eu não vou ter tanto medo. Se eu estiver triste sei que a cia dela me trata felicidade. Divertimos-nos muito mais agora, mesmo quando ficamos horas na frente do computador, ainda assim é muito divertido.
Hoje mais uma vez passo por um momento de grande decisão e dessa decisão depende todo o resto da minha vida. Confesso que morro de medo, e esse medo só passa quando ela me olha e fala:
_ Vany, vai dar tudo certo!
Nessa hora penso: Se tenho o apoio da minha família e o apoio dela, consigo sobreviver. Se me apóiam e me ajudam vou ficar bem.
Talvez poucos entendam algo assim. Mas meu coração fica completinho com uma amizade assim, percebo que é importante e fundamental, não deixar que nada pause nossa alegria de viver. Aprendi algo com tudo isso. “Jamais permitirei que a vida de uma pausa nas coisas importantes da minha vida”. Nunca mais deixarei!!

domingo, 9 de novembro de 2008

FELICIDADE


Aristóteles referiu que a felicidade não é mais do que a nossa capacidade de contemplação: “Quanto mais se desenvolve a nossa faculdade de contemplar, mais se desenvolvem as nossas possibilidades de felicidade, e não por acidente, mas justamente em virtude da natureza da contemplação. Esta é preciosa por ela mesma, de modo que a felicidade, poderíamos dizer, é uma espécie de contemplação”.

Eu gosto de acreditar que a felicidade é um estado de espirito, que não se pode viver em plena felicidade sempre. Porém por esses dias tenho estado mais feliz que o costume.

A minha felicidade tem haver com uma tal procura. Como sempre digo nós temos o hábito de viver em constante procura. Procuramos alegria, amor, plenitude, paz... enfim, vivemos sempre procurando, porém são poucas as vezes que olhamos a nossa volta. E por incrível que pareça é sempre possível achar o que precisamos ao alcance das nossas mãos. O motivo da minha mais recente felicidade sempre esteve assim... aqui pertinho e só eu não percebi. O que me consola foi ouvir que as coisas acontecem quando têm que acontecer. Que a felicidade seja um estado de espírito ou capacidade de contemplação como disse Aristóteles... seja o que for, tem sido constante em minha vida e me sinto radiante com isso!

sábado, 1 de novembro de 2008

Estopim



Existe algo dentro de mim... um estopim, um gatilho... não sei! Algo que, reconhecido o perigo, começa sua contagem regressiva...

O pior não é o explodir a qualquer momento ou lugar. O pior é a eterna espera do perigo se manifestar. O não saber o quê é esse perigo, essa lâmina que pende sobre a cabeça, segura por um fio que cede, dia a dia...

Ou talvez o pior seja saber que isso vai acontecer, reconhecer que está acontecendo e perceber a total incapacidade de agir...

Em alguns momentos (a maior parte deles) detesto ser um Ser complexo... queria ser alguém simples, feliz com as pequenas coisas da vida, suas tolices e conquistas... Sei que deve existir um mérito em pensar tanto, sentir tanto e tanto e tanto... Já escreveram sobre isso...

Mais alguns dias, só mais alguns dias...

Ao mesmo tempo, surpresas surgem... ainda não sei se boas ou nem tanto... não foi possível avaliar, ainda... Vamos esperar, dar um passo de cada vez, deixar que dêem seus passos, esperar que o encontro ocorra novamente...